Tenho em mim uma clareza muito grande de que isso está intimamente ligado à minha depressão e ansiedade – que embora não esteja (no momento!) com necessidade medicamentosa – vão sempre caminhar comigo lado a lado. Bem como sei que tudo isso faz parte da sobrecarga de que toda mulher nascida nesse planeta enfrenta…
Mas o que sei é que tá beeeem foda de lidar com minha falta de foco/firmeza. Mas o que eu tenho notado, é que nos últimos dias – principalmente as últimas duas semanas – se alguma coisa sai fora do planejado, eu já perco o foco totalmente. Meio que me dá uma paralisia, me sinto empacada, prostrada, sem prumo e sem saber como agir. Na sexta, que, enfim era dia 19, comecei o dia recebendo o pessoal da instalação da Claro às 8h15 da manhã. Tudo correndo nos conformes, de acordo com o planejamento do dia. Aí a instalação deu errado, porque o conduíte do prédio é muito antigo e estava desobstruído. Nesse meio tempo, eu tentando resolver esse B.O. com o zelador do prédio e a síndica, Thiago estava mandando zilhões de mensagens porque o Mercado Diferente “despausou” a assinatura e cobrou no cartão dele e dando o maior escândalo por conta disso.
O fato de a instalação não ter rolado, mais o chilique do Thiago, e ainda o seu Ivan (que é um Uber que mora aqui no prédio) dizendo que não poderia levar minha mãe ao aeroporto, me bagunçou totalmente e eu fiquei bugada, paralisada. A vontade era de chorar, sumir e desaparecer. Comecei instantaneamente a desmarcar todos os meus compromissos do dia. Não fui pra Agit, desmarquei aula, desmarquei com as meninas (Rafinha e Yasmin) que iam vir dormir aqui. E comecei numa espiral derrocada bem doida.
E isso tem acontecido com uma constância que tá me assustando, sabe. Uma coisinha de nada que sai do script tá me desestabilizando muito mais do que deveria, sabe. E isso tá me assustando um pouco!!! Na verdade, um tanto mais que um pouco. Vou ficar de olho e observando, pra ver se preciso (ou não!) de um suporte externo – terapêutico e/ou medicamentoso. (adendo: na atual realidade, sem nenhum puto furado – até pra comprar 1kg de arroz [piada interna] – terapia não está cabendo no meu orçamento!)
Mas enfim, seguimos, birueilizinha, sem foco total, nadando contra a corrente, mas muito disposta a chegar lá – embora não tenha muita certeza de onde é esse lá…
Teia de Renda 