“Eu hoje joguei tanta coisa fora…”

Juro que não sei dizer quantas e quantas vezes nos últimos 30 anos eu pensei em desistir. Pra quem lida com depressão (diagnosticada) desde os 16 anos, essa prostração, a incapacidade de se enxergar como de fato se é, de se diminuir, não se valorizar… Isso é uma constante na minha vida. Da mesma maneira que sempre destinei a minha felicidade a outros, e a outras coisas, além do meu próprio bem-estar e de uma satisfação interior.

Mas depois de anos e anos e mais anos de tratamento (psicológico e psiquiátrico – inclusive medicamentosamente!), eu vou pouco a pouco digerindo, acolhendo e compreendendo meus processos, minhas dores, e também, percebendo os meus valores. E isso, pra mim, já é muita coisa, porque só eu sei o quanto me custou chegar aqui. E também que desistir não é uma opção…

Ando em looping mental com Tendo a Lua do Paralamas na cabeça: “eu hoje joguei tanta coisa fora, vi o meu passado passar por mim. Cartas e fotografia, gente que foi embora, a casa fica bem melhor assim…”. Porque 2024 veio pra virar minha vida de ponta cabeça, e estou tirando muita gente do meu caminho – gente, inclusive, que é boa a seu modo, mas que, simplesmente, não cabe mais na vida que decidi viver daqui pra frente. Tô dando uma revolucionada na Ciranda, na minha casa, e, consequentemente, na minha vida toda.

E agora é assim, se preparar para encarar esse novo mundo, todo de incertezas diárias, sem me deixar abalar (muito!). 😉✊🏽💕✨

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Sobre Tayra

"Eu não aceito o que se faz Negar a luz, fingindo que é paz A vida é hoje, o sol é sempre Se já conheço eu quero é mais"
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